segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Celebrando o valor da criança e do professor cristão
Nosso calendário aponta duas datas importantes no mês de outubro. Ao celebrar o “Dia da Criança” e o “Dia do Professor” seria propício encontrar algumas interseções das ações e do ensino de Jesus sobre os mestres e as crianças. Aprendamos então alguns princípios para melhor entender a natureza do nosso ministério e das crianças, numa perspectiva cristã.
Quando Nicodemos foi ao encontro de Jesus numa determinada noite ele não imaginava que suas fraquezas seriam expostas. Entretanto Jesus trouxe à luz a falta de compreensão sobre verdades terrenas e celestes que aquele homem possuía, mesmo sendo mestre em Israel. Todo o conhecimento religioso que Nicodemos acumulara não era suficiente e capaz de iluminar seu entendimento para o que Jesus tinha para lhe ensinar, era um conhecimento que não tinha significado ou valia. Nicodemos também desconhecia verdades terrenas básicas tais como os fenômenos da natureza que poderiam ajudá-lo na compreensão das verdades celestiais que ele buscava. Jesus lhe revelou que o princípio ou condição fundamental para ver e entrar no Reino era nascer de novo. Jesus apresenta outro paradigma, uma experiência espiritual, ou seja, o novo nascimento, a partir do qual era possível compreender tanto as verdades terrenas como celestiais. Jesus propõe para um respeitado mestre uma experiência inédita, holística, uma condição insubstituível, capaz de proporcionar uma perspectiva correta para ver, entender e entrar no Reino.
É a partir desse novo paradigma, da experiência pessoal do novo nascimento, que o professor deve buscar a renovação da mente e a construção de uma cosmovisão cristã capaz de sustentar seu chamado e sua missão educacional. O legado religioso simplesmente perpetua uma perspectiva distorcida do conhecimento e é incapaz de iluminar nosso entendimento para descobrir, compreender e maravilhar-se com a verdade em tudo ao nosso redor.
Um conhecimento crucial que devemos ter para bem desempenhar nosso ministério educacional é do valor atribuído por Deus à criança. Como Nicodemos podemos muitas vezes estar debaixo de uma influencia religiosa, numa condição de percepção obscura com relação às verdades terrenas e celestiais que cercam as crianças.
Por toda a bíblia há registros de como Deus ama e cuida de cada criança, de como Ele as escuta e provê para suas necessidades, de como Ele fala com elas e como elas respondem ao Seu chamado, de como Ele confia a elas verdades eternas, revelações especiais, reinados ou governos, missões específicas sejam como mensageiras ou instrumentos DEle para realizar Seus mais altos propósitos de transformar vidas, nações e o próprio mundo que Ele mesmo criou.
Nos evangelhos vemos como Jesus fez questão de confirmar a percepção e atitude do Pai para com as crianças restaurando sua posição e ensinando aos religiosos, mestres e discípulos sobre o significado, valor e exemplo delas para o Reino.
Ele mostrou que as crianças sabem receber o Reino de Deus e que nós devemos recebê-lo da mesma maneira como elas o fazem. Este é um chamado para nos tornarmos como crianças, de aprendermos com as crianças que nós, como professores, não devemos jamais deixar de atender. Crianças tem muito para nos ensinar e professores tem o comando de Jesus para aprenderem e serem como elas. Receber o Reino de Deus significa, entre outras coisas, receber a Graça que nos é dada sem que nós fizéssemos nada por merecê-la. É poder entrar no reino sem mérito algum.
Dentre os discípulos de Jesus havia uma disputa interna para reconhecer quem era o maior e quem dominaria todo o resto. Mesma tendência encontrada entre professores de todas as épocas. Tentavam esconder isto dos olhos de Jesus, mas Ele sabia exatamente o que lhes faltava para ter a perspectiva correta da liderança. Ele simplesmente subverte a ordem mundana do maior para o menor substituindo também a postura de dominar para servir. Novamente Jesus muda o paradigma ao colocar uma criança no meio dos seus discípulos e proclama o que significa recebê-lo: “Qualquer que receber uma criança tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim receber não recebe a mim, mas ao que me enviou”. Ou seja, Ele coloca a criança ao Seu lado, restaurando a posição dela revelando que receber uma criança e tudo o que sua condição significa, é o mesmo que recebê-lo, pois ela possui um valor intrínseco dado pelo Criador. Como os discípulos daquela época temos a tendência a não receber as crianças, ignorando-as e menosprezando sua importância no reino. Agora, isto não era fácil de aprender como não o é até os dias de hoje.
Tanto que em outra passagem, logo após estes acontecimentos, os mesmos discípulos tentam impedir que crianças aproximem-se de Jesus e sejam por Ele tocadas e abençoadas. Não nos enganemos, pois da mesma forma nosso legado religioso muitas vezes delimitam que dos adultos são todas as primazias e que crianças, quanto muito, podem ficar de longe, sem o aconchego do Mestre. Jesus repreende fortemente seus discípulos, da mesma forma a todos os professores que embaraçam o estabelecimento de um relacionamento amoroso e abençoador Dele com as crianças. Tanto Ele como elas estão prontos e almejam este relacionamento, pois Ele assegura que de tais crianças é o reino de Deus! Tantos professores poderiam desfrutar do fruto desse relacionamento em seus contextos educacionais se ao menos cuidassem de aproximá-los, apresentando-os e pedindo que Ele os abençoasse! Ele não só condenou a atitude errada dos discípulos, mas demonstrou através de seu exemplo o que deveria ser feito com aquelas crianças: estar com elas, amá-las, abraçá-las e abençoá-las.
Algo que também não podemos jamais fazer ou permitir que se faça como educadores, é colocar pedras de tropeço na fé das crianças, fazendo com que elas se extraviem do caminho que Deus tem preparado para elas. Jesus disse que seria melhor o suicídio (totalmente proibido e condenado por toda a Bíblia) do que fazer com que qualquer desses pequeninos tropece. Redobremos nosso cuidado com palavras e atitudes, com ensinos e ações que possam provocar a ira e o julgamento de Deus sobre algo que lhe é tão caro!
Que sejamos os professores que Deus idealizou que fossemos em Sua infinita sabedoria junto às suas crianças para amá-las, cuidá-las e ensiná-las assim com Seu Filho nos ensinou:
“Quer entrar no reino de Deus?
Torne-se como uma criança.
Quer ser grande aos olhos de Deus?
Então, torne-se como uma criança.
Quer que Jesus saiba que Ele é bem vindo e você o recebe?
Então, receba bem as crianças.
Quer evitar julgamento da mão de Deus?
Então não deixe as crianças perdidas.
Quer identificar-se com os planos de Deus?
Então não menospreze ou despreze as crianças.
Quer seguir o exemplo de Jesus?
Então ame, aceite, ore, esteja com, e abençoe as crianças”.(Roy Zuck)
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