domingo, 25 de agosto de 2013

HINO AO AMOR


Em muitas cerimônias religiosas de casamento costuma-e ler “o hino ao amor” do Novo Testamento. Casais de noivos consideram essas palavras uma bela descrição do seu amor e também a resistência diante das provações, segundo as palavras I Coríntios 13. E eles se perguntam: será que o nosso amor pode tão profundo a ponto de compreender, perdoar e suportar tudo? Será que a realidade não é algo bem diferente?
Pois, de fato, esse é o caso. O amor entre duas pessoas sempre é falho, frágil e egoísta, apesar de toda a seriedade. Porém, graças a Deus, nestas palavras nem se fala do amor entre pessoas. O apóstolo Paulo não descreve outra coisa senão o amor de Deus para com a humanidade. Ele tenta expressar em palavras algo que nem ele mesmo consegue compreender: o amor que Deus tem pela humanidade é realmente paciente, infinito e sem egoísmo. Isto pode ser observado em Jesus, que é o amor de Deus em forma humana. Ele mesmo se colocou no fim da fila, suportou e aguentou tudo, em favor daqueles que Ele ama. Mas nós, humanos, não somos capazes de reconhecer o amor de Deus em toda a sua profundidade, somente fazer suposições.
O apóstolo Paulo gostaria que nos orientássemos pelo amor de Deus. Por isso é que ele inclui este hino de amor na sua carta à igreja de Corinto. A comunidade estava desestruturada por brigas, cheia de egoísmo e correndo perigo de dissolução. Os cristãos naquela cidade portuária grega se tratavam sem amor. Paulo os confrontou com o amor de Cristo. “Reflitam e deixem o exemplo do nosso Senhor penetrar nos seus corações!”
O “ hino ao amor” canta sobre o amor de Deus. O nosso amor humano não se pode comparar a ele, mas sempre se alimentar do amor de Deus. Portanto, no entendimento do apóstolo, estas palavras não devem ser reservadas para cerimônias religiosas de casamentos, mas devem sempre ser ouvidas de novo a cada dia, a cada necessidade. Precisamos meditar no amor de Jesus e no seu exemplo tanto no casamento como também na direção da nossa vida, da nossa família, dos nossos relacionamentos...


Ana Dácia Luna

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