sábado, 23 de junho de 2012




Proposição para esclarecimento da Comunidade Evangélica
Política e a Igreja

A palavra política procede da palavra grega Politiké  que significa a ciência dos negócios do Estado. Poderíamos até traduzir isso dizendo que a política é a arte de governar ou bem administrar uma cidade, um povo ou um Estado.
Infelizmente ela tem se convertido na mais eloquente arte da inverdade e do engano e, talvez por isso, existam tantas resistências ainda hoje em relação a esse assunto no meio dos cristãos.

 Esta suposição nos faz pensar, especialmente nos últimos anos, quando de uma maneira muito mais asseverada tem se falado sobre conquista e transformação de cidades. Torna-se de grande importância a nossa aproximação, como cristãos, nos assuntos da cidade e de tudo que gira em torno dela. A  bem da verdade é que muitos dos nossos líderes e autoridades eclesiásticas sempre ignoraram o envolvimento da Igreja com o Estado, consequentemente com a política. Pela falta de discernimento por parte das lideranças evangélicas, nos tornamos vítimas de leis, que são claramente contrárias à Palavra de Deus e aos seus princípios morais. Ficamos, com esse proceder, à mercê de uma abordagem política desonesta, corrupta e muitas vezes omissa ao que se refere as suas verdadeiras intenções.

A propósito de todas as injustiças sociais que são verificadas e percebidas diariamente em nosso pais, precisamos acordar para a utilização desse recurso, tão poderoso quanto fascinante para promovermos mudanças que sejam, não simplesmente relativas, mas decisivas para as diversas transformações sociais que sonhamos como verdadeiros cristãos para as nossas comunidades, cidades, estados e nação.

 A palavra de Deus nos declara "quando justo governa, o povo se alegra, mas quando o ímpio reina o povo geme".  Um grande exemplo bíblico que contrapõe a esse princípio bíblico é o que foi mencionando sobre o estado dos hebreus quando eles encontravam-se debaixo da tirania dos faróis do Egito: "Os filhos de Israel gemiam sob a servidão". (Êxodo 2: 23) Há inúmeros casos de homens de Deus que de alguma maneira se envolveram com a política em determinados tempos e lugares estratégicos, como instrumentos de Deus para realizar uma missão.

A constatamos a participação de Moisés como um líder espiritual, mas também exercendo um papel fundamental como um líder político no meio do povo; esse é um exemplo excelente de um perfeito relacionamento entre a política e a ação de Deus promovendo a libertação dos oprimidos. José que se tornou um grande governador no Egito, ficando abaixo somente de Faraó (Gênesis. 42:6). Neemias, homem usado por Deus, que também foi nomeado como governador (Números 5: 14). Daniel que se tornou um dos principais presidentes da Babilônia, e que pela sua distinção, honestidade e excelência, o rei Dario, pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino Babilônico.

Tudo isso nos faz pensar que precisamos de homens de Deus na política, que façam a diferença, sem se corromperem com ela e nem tão pouco com as iguarias que ela possa lhes apresentar, com o firme objetivo de que possamos exercer uma maior influencia sobre o Estado, corroborando com suas verdadeiras e legítimas intenções políticas, econômicas e sociais.  Mesmo porque, o exercício da política deve ser feito por pessoas que compreendam perfeitamente suas responsabilidades como funcionárias públicas que são, com o fim de servirem bem ao povo e em nome do povo que as elegeram.

Após o que acabamos de afirmar, estabeleceremos o perfil do tipo de pessoa que devemos orar e levantar para fazer na política em seus respectivos pleitos como nossos legítimos representantes:

1. Governe bem a sua própria casa (I Timóteo3:4): A família, como a célula principal, referenda e ao mesmo tempo indica se uma liderança, muito embora seja eloquente e carismática, apresenta as qualificações básicas para uma boa administração pública dos negócios do povo e do Estado. Governe bem seus próprios filhos (I Timóteo 3: 12), estes por sua vez, identificam a capacidade de liderança dos candidatos. Uma vez que as atitudes de nossos filhos mostram o nível de educação que temos dado, denunciando as nossas próprias falhas.

2.  Que tenham credibilidade : É necessário ter transparência na administração de tudo que executa. O comunicador social  Marco Fidel Ramírez, professor da Universidade das Sabanas em Santa Fé de Bogotá/Colômbia, escreveu em seu livro "Política, Princípios e Perigos", o seguinte:  "Um dirigente político sem credibilidade é como um palhaço tentando dar uma aula sobre a importância da seriedade".

3. Sabedoria divina para decidir (Tiago 1): Salomão começou o seu reinado de maneira absoluta, pediu a Deus sabedoria  e conhecimento para guiar seu povo. Ao ser atendido, tornou-se o maior sábio que pôde existir em sua geração, por isso não podemos fazer política sem sabedoria para decidir e, decidir certo.

4. Pessoas de verdade e que amem a verdade: A verdade é o fundamento da autêntica liberdade; Jesus nos ensinou: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". A ausência da verdade na vida dos políticos hoje é sem sobra de dúvida um das piores coisas que possam, mas que infelizmente é nisto que está mergulhada a sociedade do mundo atual.